Dedos de Poema
Houve um tempo
em que as horas
não prometiam amanhãs.
A alma vagava solitária
em busca de porto.
Colhia olhares
alheios à sua presença,
passados sem amanhecer,
tempos sem amanhãs...
Hoje o porto existe, mas...
vive em férias de si mesmo.
Se aquieta debruçado
sobre o balcão do piano.
Ouve embevecido
a suave melodia
que dedos de poema
escrevem no ar...
enquanto o amanhã
se faz de esperas pelo
cais para aportar...
Maria
Enviado por Maria em 18/12/2014