Cesto dos Desamparados
Não sou mulher de me perder
em bares cinzentos e ruas de escuridão.
Levo nos braços um cesto de cisnes,
que muito bem não sabem que cisnes são.
Julgam serem patinhos feios.
Quem vai dizer que não? Eu?
Se vivo ali e deles sou parte?
Se não vivo a imagem está lá.
Se não sou, devia ser.
Pois que do lado que cá
vejo o lado de lá e sei, bem sei...
que é lá, lá é o meu lugar:
no cesto dos desamparados...
Maria
Enviado por Maria em 19/12/2014