Adeus
Descem cálidas e quentes
as lágrimas com a antiga
música do poeta....
Descem mansas e serenas
as lágrimas.
De dó.
De dó de mim.
Pois tudo fiz para ser encanto
e entregar jardins de esperança
e milagres de amor.
Mas, fui desativada
deste coral de sonhos...
A vida - que eu amo -
tirou férias de mim.
Agora, aguardo o aviso de volta -
sou flor de esperas -
o ano virou e nem um risquinho
de sorriso mais chegou...
E me planto sesmaria,
ouvindo como se fosse
sempre eterna dos lábios meus:
- a culpa foi minha.
Pois fui quem viveu oito milênios,
todos eles, só... dizendo adeus!
Maria
Enviado por Maria em 02/01/2015