Se houvesse como quebrar o tempo e dobrar as esquinas que se perderam. Por que não vamos mais viver tudo o que deixamos passar ? Os olhos ardem de tanto pensar. Chegaram a conclusões. Todas incertas. Todas cinzeladas nos temporais da alma. Com a alma atribulada toco a pauta do dia. Coisas distantes demais, mas tão perto de mim. O cotidiano de um mundo que tenho. Como parece tão meu ? Querido coração. Parece um corcel desvairado dentro do peito. Por fora não se vê: dois olhos distantes, um pensamento longe. Perdido, cada vez mais longe… mais longe… de si…