Vim. Vazia de mim. Atônita com tanta dor. Perplexa com a montanha de silêncio que sufoca o peito. Não há lugar onde chorar o desamor, não há paz onde descansar a dor do descaso e da indiferença. Não há onde dizer. Não há ninguém que escute, nem quem compreenda. Não existem palavras que possam expressar o baque surdo da dor dentro do peito. Coração quer parar. Falta ar nos pulmões. E da garganta escapa um grito… agora sou vazio… foi o que sobrou de mim… um grande, um imenso vazio, buraco escuro onde a vida se encerra…