Culpa das Estrelas
Trancar-se em si mesma,
ficar em si até sufocar,
afogar-se no que sai de dentro,
morrer e depois… depois viver…
como nunca ainda viveu.
Como é possível? Como é possível
se vulcões continuam ativos
mesmo a areia da ampulheta
esvaindo-se do corpo?
É isso que o poema escreve:
amar o que não conheço,
viver o contraditório tempo que nunca foi.
É culpa das estrelas se a dor é sentida
e o poema nasce das impossibilidades
que nunca foram ditas…
Maria
Enviado por Maria em 27/01/2015
Alterado em 27/01/2015