Quero de volta as palavras profundas, densas, poderosamente reais. Aquelas que sempre tive e cuja ausência hoje faz cair chuva dos olhos. Aquelas que se materializavam em minha alma, que me tocavam o âmago do ser. Porque eu percebia a profundidade do que diziam, eu via o extraordinário que me contavam e me quedava muda, atônita, impressionada com o inusitado de sua beleza e encantamento. Quero palavras assim no meu dia, nas minhas horas insones e insólitas, nas minhas manhãs ensolaradas e brilhantes, nas noites de céu estrelado, de tempestades ou de chuva quietinha. Quero palavras que me calem a boca de emoção, que surjam como prece, como uma oração da pureza e simplicidade de um coração que ama...