Maria
Prosa e Poesia
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Calendário de Ocasos
Carrego vigílias de ocasos dentro do peito.
Um fio tênue da brevidade que é o tempo.
São milênios que um dia nasceram
e no entanto hoje dormem
à dor da “vida atrapalhada”.

Mastigar solidão, enfronhar sonhos
e secar miragens de oásis em meu próprio deserto
são minha sina desde o dia em que adentrei
a primeira página do livro da minha vida.  

E o tempo passou.
Séculos e mais séculos
no calendário do universo do Sol.

Mas... hoje... minha barca não derrama
mais brasas em meu céu.
Hoje brotam poças de solidão na íris dos olhos.
Refletem a escuridão, a profundidade
e a impermeabilidade do lugar
que guarda o primeiro grito ao homem
embrulhado em seu próprio caos:

- é verdade!

E o silêncio profundo é o prêmio -
a recompensa - pra um coração de amor.
Maria
Enviado por Maria em 06/03/2015
Alterado em 06/03/2015
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