Turbulências de Holocaustos
Sou ave perdida, asas tolhidas de holocaustos e turbulências interiores. Me pairo embargada de voos e engargalhada de fantasmas de ninhos e gravetos em terras de lugar nenhum. Mergulhada em perguntas vivo a agonia dos sem respostas nas nuvens do tempo. E se é tempo... não o tenho. Já se foi montanha abaixo a cada folha caída do calendário de parede. Se faço horas, elas se calam. Se calam, é porque não existem mais. E por esse motivo sou assim. Ave desprevenida e alvoroçada de esperas que nunca se findam. Por isso fecho meu alpendre de esperanças e vou dormir meus sonhos de cinco ventos nas texturas das asas de ontem...
Maria
Enviado por Maria em 22/03/2015