Vazio do Tempo
Sou pássaro triste, asas presas em horas insólitas e sozinhas. O que esperava, o que almejava, o que busquei e sonhei não aconteceu. Me sinto fraca, perdida, exaurida. Entreguei-me inteira em cada linha escrita. Fui completa em cada palavra. Virei-me do avesso, a alma em libação... Que disso ganhei: um final de “vida atrapalhada” e o calabouço da dor e sofrimento eterno. De nada mais espero. De nada mais busco... Ensaio uma despedida pro vazio do tempo. Mas, hoje... ainda... estou aqui. Paradigma de tristezas e dores eternas. Insensível e indiferente, a noite avança na madrugada... Estarei sempre aqui... perdida e sozinha... entre palavras que nunca foram ditas...
Maria
Enviado por Maria em 30/04/2015