Maria
Prosa e Poesia
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Sementes Mortas
Por que esse silêncio deitado sobre minhas sementes? Não entendem o gemido do seu chacoalhar? É um barulho que me fere a ponta dos dedos. Por isso as cicatrizes corridas e os grilhões de palavras no calabouço do peito. Meu cinzel emudeceu. Já não ouço seu som. Escavo a pedra, a rocha profunda e calada. Escavo e escavo. E dela som nenhum mais se ouve. Somente o silêncio grita forte e vivo. E o sangue desse grito salpica minhas asas. Abro as asas e quero ir longe no horizonte... Mas, carrego sementes mortas nos costados da alma... E os lábios recebem as lágrimas e as sementes mortas que minhas asas deixam rolar...
Maria
Enviado por Maria em 27/06/2015
Alterado em 27/06/2015
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