Mãos de Poema
Olhar de contemplação. Palavras como afagos. No entanto, o mundo continua estaticamente mudo e de cabeça para baixo. Como quisesse derramar a última gota de lava da alma. Deixar cair nesse imenso caldeirão que não acalma, mais uma pitada de essência de vida. É o sabor da diferença que ainda falta. Seria a conta da tosca matemática da vida? Divisões não fazem versos, nem verbenam palavras nos rabiscos dos dedos. Mãos de poema... não partilham subtrações... É o todo que toca a alma... o que se vê... e o que nunca foi escrito...
Maria
Enviado por Maria em 27/09/2015