Cauda de Vento
Sinto, no vento que sopra, as saudades das terras que banhou. Em seus costados o gosto e o cheiro do que deixou ficar. O som da madeira das janelas faz a alma divagar em reflexões. O tempo passa e com ele também carregamos a nostalgia das saudades no coração. As ternuras do que vivemos, as dores do que sofremos e a imensidão de vida que nos foi dado viver. No ar o perfume das flores que plantamos, no chão o barulho das pedras que semeamos. E a vida é assim: um sopro de brisa no tapete colorido do universo de luzes, e o caos se faz arco-íris e dengos de paz. É assim a poesia: as palavras se arrancam de dentro da alma costurando o poema de cauda de vento. Sinto, na brisa que sopra, as saudades das terras, o gosto e o cheiro do que deixou ficar...
Maria
Enviado por Maria em 22/10/2015