Maria
Prosa e Poesia
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Moinhos de Viração
Não há equilíbrio nesse caos de viração que foge da retina dos olhos. Hoje minha alma é estrangeira de si mesma. Ébria e refém da ampulheta do tempo carrega o peso da insônia que a devasta. Que fazer? Nem minutos há para sonhar o cingir das estrelas sobre a face iluminada de amor... nem pro poema da manhã que já morreu nascituro... até isso perdi – estrelas fogem na cerração quando os ponteiros do relógio são moinhos de trituração - Que resta? Névoa... garoa... desejos... andanças pra onde o vento levar? Que seja... vou... vou sim... assim, assim... pra onde o vento quiser me levar...
Maria
Enviado por Maria em 02/11/2015
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