Foto: José Kappel
Plissado de Barro
Quando a timidez invade o peito, os caminhos se invertem. O que antes vinha pra cá, agora vai pra lá. Adiando o inevitável. Como se fosse mais fácil pensar a aparente serenidade que brilha num olhar. É que a timidez invade o peito... Por isso, sigo construindo torres num céu azul de sentimento. Me faltam asas para voar no outro ritmado do tempo. Observo os degraus à minha frente. Por eles caminho meus pensamentos. Pois levam a um deságue de cores. É pra lá que eu vou... mergulhar nas cores do arco-íris que descansa no plissado de um telhado de barro. Assim, assim... como um doce poema que adentra a alma sedenta de luz...