Maria
Prosa e Poesia
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Tempo de silêncio
E passa o tempo
com suas horas silenciosas.
Palavras surdas foram gritadas
e mudas falaram
na janela do tempo.

Mas foi demais.
Falei com vozes de hoje,
- vozes de ontem -
de três séculos atrás.

Mas falei.
Foi bom.

Sinto-me aliviada
de um peso enorme.
Resta ainda a tristeza.
Uma tristeza que vai
caminhando dentro de mim,
desliza no sangue
e distribui-se
para os quatro cantos do corpo.

Uma tristeza azul.
De um azul escuro,
meio breu.

Essa tristeza irá comigo.
Carregarei em meus braços
e a acalentarei como se faz
com uma criança pequena.

Será ela minha companheira
que fará lembrar
todos os caminhos
em que trilhei até aqui.

Andei pelas palavras que gritei
e percebi a confusão de sentimentos,
de pensamentos
e o perturbar de meu espírito.

Confuso ia de um lado a outro
em busca de seus extremos.
Vê-se que encontrou
o extremo da dor
que mutila o espírito.

Mas a dor foi posta ao fogo
para ser queimada.
E ali ficará por longo tempo...
até virar cinza e pó...
Maria
Enviado por Maria em 05/07/2007
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