E já fazem 10 anos escrevendo prosas e poesias. Este poema resume a carta que recebi de José Kappel após ele ler as frases que eu deixava diariamente em suas fotos num fotolog. Na carta ele me contava sua descoberta: que eu tinha alma de poeta, e me desafiava a escrever poesias e criar um espaço num site de escritores - levou quase três meses para me convencer. Com ele aprendi a "falar em voz alta" como disse Rubem Alves. E assim é até hoje... Danço e brinco com as palavras em voz alta... Em um momento o papel em branco e segundos depois as linhas se desenham. Embora ninguém acredite são minutos e o poema passa a ser... Foi José também que me incentivou em 2014 a escrever um livro - Lumiar de Brisa hoje é realidade. Com o tempo criei meu próprio estilo (amo escrever prosas poéticas = poema com poesia), mas muitas vezes leio o que escrevi e me parece que não é eu falando... sei que as palavras saíram de mim, mas não as reconheço mais depois de nascerem. Também sou reagente. Em geral, ao escrever, estou num diálogo com alguém, uma palavra, um instante vivido, um olhar ao redor. Se leio algo que me toca dialogo com aquilo. Se algo que alguém me diz me toca a alma logo surge um poema para "elaborar" a resposta. José sempre me diz que o que não digo assim, escrevo nos textos. Hoje é o dia mundial da poesia. Vim agradecer.
Obrigada José, é uma honra ser tua aprendiz.
Maria.