Ouvido do Tempo
É incondicional de mim
os descompassos
e naufrágios interiores.
Escarpas longínquas de sonhos
se arremessam pelas
janelas quebradas da alma.
Apagam fornalhas de partituras
e arranjos poéticos.
É o anúncio profético do silêncio que cai,
triste e melancólico, qual chuva
sobre a superfície do papel em branco...
É um poema que se cala.
E um poeta adormece
a voz no ouvido do tempo...
Maria
Enviado por Maria em 06/06/2016