(Andar)ilhagens
Também posso nisso acreditar:
que minha meiga faina é me (re)descobrir
no caos que eu própria me criei.
Se em meio aos meus devaneios
e (in)lucidezes conseguir me achar,
já terei alcançado meio passo
de minhas (andar)ilhagens...
E, se sou devedora de luz e calor,
pagarei meu débito com a felicidade
de quem encontra um tesouro
em meio aos pedregulhos do caminho...
Digo isso, porque é no lapidar
de minhas veredas
que descasco os meus pra dentro,
me entrego dona de mim
e me faço chão de amor
para pisaduras afeitas à luzes e alturas...
Maria
Enviado por Maria em 02/09/2016