Repensando Nadas
Talvez, talvez neste instante, eu também esteja repensando nadas. Esses que recebo gratinados em pequenos gestos no calar da noite. Sim, reconheço - a luz se enfastia da escuridão. Por isso, sei – talvez eu agora siga repensando nadas e solidão. Nutrindo flores que eu mesma me cultivei sem ligação com o sol e seu arcabouço de luz como pensei tivesse... É, basta um pequeno instante, um toque só, um momento único pra alma se defrontar com a realidade, essa... Nasceu como um pequeno silêncio, um nada sobre o que era o todo de um coração ameigado de sonhos. Agora, neste instante, nasceu. Enraizou-se e leva no corpo uma promessa de silêncio, uma profecia de fim que a si mesmo se faz - pra sempre - infinito...
Inspirada num texto da poeta Lúcia Constantino