Afrisia
Menestrel de mim mesma, esculpo toadas
que se findam em decrepitudes - (des)inquietadas do dia -
mergulhadas na opacidade brumosa e turva da noite...
Talvez o tempo de cinzelar palavras tropeçou em seu epílogo.
E quem se importa? A poeta que mora em mim
se resume ao eco fugas dos seixos interiores...
burgau de sentimentos que talvez não calham a outrem...
penedos de meus pra dentro
que agora adormecem neste silêncio que ouço....
O momento sopra essas afrisias e tudo vai silenciando em mim...
É assim que se cala o grito na garganta
e se tremulam finitos no açoitar do vento da vida....
Maria
Enviado por Maria em 28/10/2016