Caos da Viração
Não há equilíbrio nesse caos de viração que foge pela retina dos olhos. Hoje minha alma é estrangeira de si mesma. Ébria e refém do peso das perguntas que a devasta. Que fazer? Nem minutos há para sonhar o cingir das estrelas sobre a face iluminada de amor... nem pro poema da manhã que já morreu nascituro... não veio ao mundo... até isso perdi – estrelas fogem na cerração quando os ponteiros do relógio e os olhos fechados são moinhos de trituração - Que resta? Frustração! Decepção! Frustração! Decepção! Por isso digo: não há equilíbrio nesse caos de viração que foge pela retina dos olhos...