não sou estrela,
nem balão
para cair
em sua tenda
sem sermão,
mas como é
a essa maria
que falas,

recebo
encantada
seus beijos
de saudade
e seus abraços
alados.

decerto
eu devia saber
que estava
magoado.

pela primeira vez
alardeou
sua saudade
e suas lágrimas
de um homem
ferido.

e meu coração
só consegue
dizer
mais
uma vez:

- desculpe minha falta
de sensibilidade,
minha insensatez,
meus delírios
de loucuras.

quantas vezes
já pedi perdão,
já pedi desculpas
e outra vez
acabei
armando
um temporal
por nada,
por algo
insignificante?

quantas vezes
joguei suas palavras
ao vento
por não sentí-las
com o coração
e só olhá-las
com a razão?

quantas vezes
deixei de dizer
obrigada,
obrigada
que você existe,
que me chama
de amiga
e que me pede
para não
deixá-lo ir.