A Morte
A morte física é cruel e é a única certeza que possuímos nesta vida.
E pode passar o tempo, as carruagens com seus cavalos, os carros, os bondes, os homens mancebos, os bares mal iluminados com cheiro ocre de aguardente e sexo pago.
E podem se proteger contra ladrões, marias da vida, viver em esquinas, escorados em postes no vago do tempo, quietos, até mansos e sem ansiedade, que um dia ela vem. A morte chega.
Ela não tem hora marcada em relógios ou calendários e não há vidente que possa dela adivinhar.
O tempo que recebemos como presente para viver é contemplado pela alegria e pelo desejo de nosso coração sempre motivado a em frente continuar.
Não será uma desilusão com alguma maria joana da vida que nos fará desistir de viver.
A vida vale muito mais do que a perca de um amor, de alguém querido, mesmo que isso nos cause tanta dor.
A morte física é suportável e dela esperamos, pois todos sabemos que um dia chegará nossa hora de morrer.
Mas a pior morte não é essa.
A pior morte, a mais dolorida, acontece quando morremos para nós mesmos.
É a morte da alma, do espírito, a morte interior.
Essa morte não nos deixa viver.
Essa morte é de morrer...
Maria
Enviado por Maria em 16/08/2007
Alterado em 16/08/2007