Falas que procuras
a paz que faz a paz,
a vida que faz a vida,
achando o que perdeu
e ganhando o que achou.

Reza, ora!

Colhe meu choro de lágrimas
que dizes belas a descambar
de meus olhos em cada
trilha que segue seus passos.

Caçador de minha dor,
que juntada à sua
num misto sem medida
de dois espíritos
duas carnes,
formam minha vida
e abrigam meu corpo,
minha imagem
meu espírito.

És homem feito
dobrador de esquinas,
caminhante de parques,
colhedor de jasmins,
sem sol de queimar.

feitura de sonhos
que povoam teu saber,
mas rico em fugir
quando encontra
o que perdeu.

Um pedaço de minha vida
se abriga na tua,
e se arreia sozinha
perdida entre seus achados,
num choro de lágrimas
que faz dó.