Aos Poucos o Sol
O mundo não sabe, não, não sabe. E nunca vai saber... que era disso que eu precisava, de um espírito abnegado e cheio de luz que me ouvisse e compreendesse. Que me estendesse a mão e me ajudasse a sair pra fora do buraco escuro e fechado onde me escondia. Aos poucos o sol começa a fazer falta novamente, aos poucos a luz começa a ser procurada e a vontade de lutar vai se delineando no fundo baú dos sentimentos. Sim, agora posso ver que eu fiz o meu melhor dentro das possibilidades e perspectivas que antevi diante dos meus pés... Creio que não foi o ideal, talvez não foi o melhor caminho, nunca saberei... porque não há como saber qual o melhor caminho a se tomar, se antes de nossos pés em suas areias tocarem, nunca havíamos andado por ele... E diante de dois caminhos, se nos decidimos por percorrer um jamais saberemos como seria o outro - se melhor ou pior - porque ele não foi nossa opção de caminhada... O mundo não sabe, não, não sabe. E nunca vai saber... mas era disso que eu precisava: um coração generoso, que me ouviu, compreendeu e estendeu a mão para me ajudar a sair de dentro da caverna sem luz e fria em que eu me encontrava...