Entraves
... saí para olhar as ostras agarrando-se de medo aos remos de minha canoa... ela, travada... com as aguilhoadas que um monstro de chifres raivosos e olhos vermelhos de ódio me fincou... então ela veio, a noite... a vi sair das profundezas dos abismos como nunca a havia tido... a vi voar... asas de medo, levando minha alma para a escuridão, para os vales tristes... agora, passado o tempo, busco novamente o sol, dono da flor em meu prato, pra me iluminar... cumprir, na palma da mão, a minha palavra escrita...