"Velho Carpinteiro de Palavras"
Não tenho de onde voltar, porque nunca fui.
Sobram-me idas que não fiz...
e voltas não tenho mais como sombrear...
Nada sei das eternas aves e nem nunca ouvi
o canto abissal e encantado do rouxinol
que dança melodias, bico colado
em meus ouvidos de poema...
Sou musa de um “velho carpinteiro de palavras”
que preferiu calar-se a embevecer-me
com o inusitado de seu belo e amado poetar...
Por isso, sobram-me idas que nunca fiz
e não tenho como voltar de onde nunca fui...
Maria
Enviado por Maria em 02/12/2017