Reflexões
Sempre quis ser como uma borboleta. E ficava sonhando que se fosse uma, poderia voar para todos os lugares onde uma borboleta ou um ser que tem asas pode ir.
Hoje ainda sonho com isso. Se pudesse voar. Se pudesse planar nas alturas como uma borboleta. Enfeitar os olhos de alguém de alegria. Colorir o céu de alguém com minhas cores, mesmo que singelas, mesmo que poucas, mas únicas, especiais. Pelo menos para mim...
Hoje sinto outra vez uma tristeza enorme. Nesse exato momento lágrimas descem dos olhos. Acho que me sinto sozinha. Não tenho vontade de falar hoje. Sei que daqui a pouco pode passar, mas no momento é assim que me sinto.
E nestes momentos, não consigo entender o que acontece e por quê. Nestes momentos sinto-me abandonada, sozinha, num caminho que não escolhi, mas aceitei.
E aceitei não por mim, mas porque sempre achei que precisavam de mim, que era importante o que falava.
Mas quando penso que tudo o que disse sumiu numa curva do tempo, tenho vontade de largar tudo, parar com tudo.
Fico às vezes pensando: Se o que era o mais importante para mim não teve valor, imagina o que coloco aqui.
Queria tanto ter meu jardim de volta. Queria tanto poder andar por ele e me inspirar em suas flores, suas cores, suas vidas.
Hoje, estou assim, lá embaixo outra vez, e o que mais me dói é que não posso falar com ninguém. Preciso calar e deixar tudo passar sem ouvir nem uma palavra de força, de consolo... A tarde é tão sozinha...
Então, deixa a lágrima rolar. Um dia quem sabe, as lágrimas vão cessar...
Ainda tenho esperança nas palavras que me disseram que chegará o dia em que sol e lua se chocarão no universo de luzes e estarão tão juntos, que nada mais importa compreender e nem entender, só viver...
Maria
Enviado por Maria em 25/08/2007
Alterado em 03/09/2009