Albergue de Inquietudes
Também já fui instrumento sem corda, orquestra sem música...
e se de tudo vi, de casco a tombadilho, de mar ao rio,
da lua ao sol castiço e ardido de ventos, é porque
busquei portos desconhecidos com o único intuito de partir.
Mas ir pra onde se meus olhos enxergam
a verdade de quem não se pode cegar?
Agora sou vazio, à espera do barco chegar...
Inquieto-me.... Aquieto-me... Nada mais digo...
Nada mais a dizer... Nada mais...
Me calo, profunda e amplamente,
enquanto dos olhos chovem paradoxos
de um céu onírico e albergado de sentimentos...
Maria
Enviado por Maria em 28/04/2018