Rotação das Asas dos Sonhos
Também me estonteia o vento que sopra
ruflando folhas secas pelo chão de artemísias e lavandas...
não, não me pesam as ilimitadas asas d'água que conquistei...
não me pesam... São leves como, de ontem,
os pequenos pés de pato de um nado de desajeitadas sincronias...
hoje, brincam com a luz que passa, brincam...
e destilam sorrisos pelo dialogar
ao pé do pão e da fruta de fim de noite...
agora, na madrugada de poemas, dançam...
tal qual o pêndulo que livre oscila
desenhando a rotação das asas dos sonhos...
Maria
Enviado por Maria em 14/06/2018