Maria
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Trupe de Sonhos

Também quero me permitir dormir com minhas inquietações
e acordar, ascética, no zênite do tempo
com todas minhas decrepitudes e sombras,
que se não me apagam, prolongam minhas horas em busca de sol...
Não quero falar mais nada...
Não quero mais tecer um canto para ouvidos surdos,
não, não mais... que se calem as toadas, as fábulas, as melodias
cinzeladas ao som de Bach, Mozart, Tchaikovsky... que se calem...
Não posso inventar uma realidade que não é,
seria uma ilusão nela acreditar, quanto mais viver...
Sigo, guerreira vencida, um "caco", um "trapo"
de uma trupe de sonhos que janelas não acordam mais...

Poema e foto:
Maria
Enviado por Maria em 26/06/2018
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