Ainda Sou Eu
Se falo pouco e ando, pássaro cabisbaixo,
laçando o vento fiel de raso viver...
mãos mitigadas de águas,
sem mais caixas de abrir ou asas
de sobrevoar a vida que não me deram...
É que sou sopro de roda viva,
folha perdida na sombra do tempo
e sei o caminho da indiferença,
da faina de portas e véspera de desertos...
Por isso, ralo o tempo, qual cesto sem sol,
sem olhar de fenecer sobre as cinzas do fogo do tempo...
Ainda sou eu, mas não sou mais ontem...
Poema e foto:
Maria
Enviado por Maria em 30/06/2018
Alterado em 30/06/2018