Maria
Prosa e Poesia
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Sorte Dos Desesperados
Não sei, não sei.
Já me recostei
tanto sobre o tempo
que perdi suas bordas
e não sei mais onde
começa e nem onde termina.

Sou portal de causas perdidas
e navegante de mares
sem destino.

Minha bússola de mão
aponta uma direção
que não sei mais encontrar
no meio dessa angústia
permanente
que assaltou meu espírito.

Se você está, é para lá que não vou,
pois minha dor me afasta
do que quero alcançar.

Destino agora
é a lápide fria e nua
que fere meus pés
e congela minha alma....

Essa é lá a sorte
dos desesperados..!!
Maria
Enviado por Maria em 22/09/2007
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