Tinta-Poema
Às vezes, me falta a tinta certa...
Noutras... misturo tudo
e as diferenças desaparecem,
ou ficam latentes demais,
as cores se transformam.
Minhas digitais se perdem
entre uma pincelada e outra
nos cavaletes, quadros e paisagens
dos pergaminhos da vida...
Os pensamentos navegam universos,
margeiam sóis e vagam por mundos,
tantas vezes solitários e vazios,
tantas outras refinados no mais puro amor,
em seus próprios sonhos e ilusões...
Meus dedos, molhados de tinta e poesia,
mesclam-se ao papel... Amalgamam-se...
E tudo vira um só corpo em mim:
você-amor, tinta-poema, poeta-mulher...
Maria
Enviado por Maria em 21/08/2019
Alterado em 21/08/2019