Maria
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Textos
Quarar de Saudades

Cruzo meu verbo com o teu -
uma folha e a canoa do rio,
na dança em busca de um cais
para o poema de noite fria.
Dedilho afinidades, busco sentidos
e mais do que palavras.

Sabes que me calo
quando sinto falta,
quando não sei dizer...
E se falo é para elaborar
ausências e dores de luz.

Na tela, a palavra muda e articulada,
revisitada nos bastidores do tempo.
É assim que sigo, quarando saudades...
um mar que quebra - contraditório -
dentro ao peito.

A poesia persiste.
Cruzo meu verbo olhar com o teu...
E dançamos, calados, folha-canoa
nas águas translúcidas do rio...
Maria
Enviado por Maria em 02/09/2020
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