Maria
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Memória dos Sentidos

O que é perto e some, não significa que fica longe. Só se esconde na neblina ou na chuva de vez em quando. É que chove todo dia no coração arado pelo tempo. E as estrelas adormecem a memória dos sentidos num único abraço de saudade... Não há sol para quarar sentimentos, nem nuvens que saibam o destino das sementes enquanto morrem... elas mesmas não sabem que renascem... por isso aceitam os túrgidos chumaços de olhos e flores que esperam - mesmo a fragilidade dos sentidos - nas janelas neblinadas pelo tempo...

Maria
Enviado por Maria em 18/10/2021
Alterado em 18/10/2021
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