E o dia caminha, vestido de si e de iluminuras de poemas que dançam feito pirilampos na retina dos olhos. É como me percebo: lúcida e enevoada de brumas que se nada dizem de mim, me olham do espelho que reflete lamentos e mãos em preces. Há pouco era noite e me abraçava a paisagem de uma lua no pote translúcido na prateleira da vida. Caminha o dia, vestido de si e de iluminuras de uma realidade que já era ontem...