Quantas vezes a alma, rota, surgiu sangrando,
dedos doloridos pelas cordas, asas molhadas e frias?
Quantas vezes no ritual de arrumar as penas,
o bico salpicou-as de sangue e feridas?
Hoje, queria que pudesses ver meus olhos de passarinho....
Minha voz asperge sussurros de luzes e orvalhos
em versos que não se cansam de pintar melodias...
O peito voa profundezas e volta trazendo no bico
Vivaldis, Mozarts e Tchaikovskys...