Maria
Prosa e Poesia
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Perdida Em Pensamentos
uma lágrima é uma lágrima ! e desliza da face independente de querermos ou não, quando temos um motivo forte para chorar. é a forma que nossa alma encontrou para falar quando não temos palavras para dizer. é parte de nós que se mistura à brisa e leva ao céu de estrelas, o nosso coração.  

nem sempre o choro é de tristeza. quantas vezes choramos por estarmos felizes.

quando pensamos demais sobre algo, em geral não sabemos o que fazer.

nos perdemos em nós mesmos e deixamos de tocar as estrelas com a mão, passando a vida somente a espreitá-las de longe.

a vida é um instante vivido não uma eternidade. a eternidade, essa sim, são todos os instantes de nossa vida.

não lamente se algo se perdeu na metade do caminho. nem tudo o que recebemos, recebemos inteiro. muitas vezes a vida já tirou um pedaço do pão que amanhece em nossas mãos. o que vamos fazer com ele? jogar fora? não creio ser um caminho decente para quem acredita na continuidade da vida.

a ilusão não precisa ser um pedaço de um querer, mas sim, o fato de que nada mais tem importância para nós. e isso é o trágico da vida. quando por esperarmos o céu, deixamos de contar os grãos de areia na terra.

o amor sempre é verdadeiro, se não for assim, não é amor. então pode jogá-lo fora, pisá-lo com os próprios pés. mas, enquanto amor, será verdadeiro. existe. e como tal tem o peso de uma lágrima. um peso de tristeza e um peso de felicidade. depende de como o olhamos e vivemos.

para mim o amor tem o peso de uma lágrima de felicidade. porque aprendi a amar quando minha alma já ia se indo para a total descrença do amor.

se me deixo queimar pelos raios desse amor? O coração não mede preferências e nem se deixa decidir em seus caminhos. ele navega nas águas do mar, deixa-se levar pelas ondas e pelas marés, porque descobriu que ele mesmo é parte de tudo isso.

e se é uma lágrima, uma gota de lágrima que o cobre como manto... o meu amor é esta lágrima que desce do meu rosto e cai na terra para misturar-se ao barro que minhas mãos tomarão para construir o mundo de meus sonhos. o mundo dos sonhos encantados de Maria. e isso não é uma ilusão. é tão real como a poesia que sussurra, como o peso da lágrima que o rio não quer deixar cair...

não importa se converso sozinha. sei como fazer isso. quantas canções eu cantei nesta solidão de duas asas? não importa que em minutos tudo vai se apagar e ninguém lerá uma palavra. isto já está calejado em mim que nem dói mais na alma.

o que importa para mim, é que sinto o desejo de falar e não quero tolher-me disso. por isso estou aqui. mesmo que nada veja para além de um fantasma azul. não há sol, nem rio, nem mar. somente uma gota de lágrima sobre a mão de uma folha verde. mas dentro dela eu sei, tem um céu. e neste céu a imensidão. é a ela que pertenço. é dela que sou parte. da imensidão de luzes e cores que roda o mundo sem parar.

... e então a lágrima cai e não existem mãos para colhê-la. rola ao chão. mistura-se. já não é mais uma lágrima. é terra, onde a semente de um novo dia pode ser plantada...

... na esperança de que um dia a montanha azul se levantará de seu sono outra vez e deslumbrará o mundo com o som de sua canção imperial, encantando a alma da flor, tocando seu espírito, mergulhando em seu coração até que sua dor de felicidade seja saciada, sua dor de luz receba acalanto, e o arco-íris de sua vida se expanda em suaves e meigas canções de amor e força para viver...
Maria
Enviado por Maria em 22/11/2007
Alterado em 03/09/2009
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