E a melodia percorre as veias do dia
tocando a alma de silêncios...
em contemplação pelo milagre
de um risco a mais no calendário do tempo.
O tempo passa ferindo minhas harpas
em sons de paisagens e vozes estranguladas
de gestos incertos de amanhãs...
Como um carpinteiro de palavras,
que cerzi silêncios num grito de poema,
eu mesma leio as horas em meu corpo,
nos sulcos profundos de minha face ancestral.