Aprendi a colher palavras
num jardim agasalhado de poemas
e cartas moldadas por deuses
e estrelas incandescentes de amor.
Trago no bico do pincel
tintas que me respingaram
a face em desalinho
cunhando a alma em ebulição.
Mas dói costurar letras...
Crava-se na alma o Dedo de Agulha
e insubmissas lágrimas
que se desenham nas páginas em branco
de meu pergaminho do tempo.