Passeia em mim a noite...
Violoncelo mudo e oculto,
emerge feridas
de um som em dor maior.
No canto dos olhos
de floresta úmida,
o rastro do poema,
seiva de um sentimento
indescritível de pedras
feridas de incertezas.
A lua, em quietude, abraça
fagulhas de sementes e silêncios.
É que a solidão dos túmulos
se aproxima em memórias e saudades.
Desenha o esquecimento
no reverso incompreensível
de um tempo que se foi
e já não é mais meu...