Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Não disfarço o céu de estrelas que me cativa,

nem receio a vida que entre elas flui

e me perpetra a alma.

Augusta, busquei com ardor

a síntese do tempo e o corpo

de um poema ancestral e inusitado.

Caminho - sempre - por ele,

mas nunca me quis num verso

alucinado de horas provisórias

e amores domesticados de dores.

Hoje sou ave partida, concebida

num jardim de mil flores, alçando voo

num abismo profundo e medieval.

Com o bico, salpico sangue

em minhas asas e faço meu revoo

num tempo que me deu identidade,

mas - calado - sinto que não é mais meu...

 

Poema e foto:

Maria
Enviado por Maria em 23/08/2022
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