De nada mais sei do avesso da escrita,
da cripta intangível deste enigma
que conta a história do início,
da ordem, da cruz e da luz.
Faço sim o melhor,
reviso as flores e frutos do tempo,
as trilhas e o jardim onde,
hoje, só nascem margaridas.
Rosas de amor não nascem mais não.
Há, no profundo, o medo
de perder a essência, o rumo e o prumo
dessa página que agora tem face
e pés que, ousados, perambulam
paralelepípedos de outros mundos.
Mas o que já de mim partiu - já foi
e volta não tem mais não, não tem.
Silencio a alma, mergulhada,
num universo de jade,
flamas e labirintos indecifráveis.
Percorro - triste, calada -
outra estrada, outro rumo -
cheio de sentidos, dois sois,
jardins e sementes inexistentes...