Também quero voltar ao passado onde encontrei
a face oculta e desconhecida
de um amor que nunca vi - meu querido,
meu eterno espelho de vida.
Queria voltar, por um minuto que fosse,
voltar para o lugar onde os céus se uniram
e fizeram a lua, num dia de poucas razões, virar sol,
assim, assim, num repente de luz e jogo maneiro
dos deuses entontecidos pelos devaneios das fadas.
Sou triste estrela de três dores e muitos espinhos.
Uma no cerne da vida - onde morri
sem saber que tinha partido...
outra nas raízes dos dedos que pensam
e dedilham ao velho piano de cordas;
e a terceira, no espírito ávido por sóis
de muitas palavras e poucas que dizem:
te amo, te amo e te amo! Sou teu!
Minha cotovia ardente de luz!
Poema e foto: