Agora me chama de ninguém.
Não tenho mais nome,
nem sobrenome.
Já nem sou mais sua querida.
Usa minha vida para falar
com os cometas que grudaram
na órbita de nosso espaço -
tal qual super-bonder -
e não param de bradar:
parecem uma máquina
de roupas lavar...
Alimenta suas ânsias e quereres
para os aprisionar com anéis
de promessas e falso ouro
disfarçado de cordões
que depois arrancas
do pescoço em dor...
Conheço bem seus métodos de conquista.
Já fui enlaçada na teia que aquela aranha fez
para aprisionar asas de um colibri assustado
em fugas de um gato - de preta toga - no telhado.