Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Último Voo

Talvez, por isso, eu precise aprender

que talvez eu seja esse mar profundo

e céu aberto que o poeta me fala.

Com territórios de esperanças no horizonte

que só se deixam visualizar

pelas fendas na rocha submersa,

pelas frestas que surgem

entre uma nuvem e outra

a vagar universos quando mergulho,

voo ou pouso rasante...

asas salpicadas pelo sangue

de meu próprio bico,

quando não sei interpretar

meus próprios mapas e caminhos.

 

Quem sabe eu precise descobrir isso.

Que não sou a gota, mas todo o oceano,

as ondas e a maresia que se lança

todas as nove horas da vida

em busca de seu amor...

 

Talvez, talvez, e quem sabe eu possa

conseguir, num toque de sabedoria saber

que não sou o pássaro, mas todo o voo,

que sou horizonte e meu próprio pousar...

Dona de mim, de meus caminhos de luz...

Maria
Enviado por Maria em 09/09/2022
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