Eu sempre senti a dor que o poeta fala.
Ela é a mesma minha, de ânsias de amor provém
e quando um homem procurando
encontrar seus caminhos eu achei
triste, cabisbaixo, arrastando as asas pelo chão,
chocada, em seus olhos tristes me vi, parei...
suas dores e tempestades eram as mesmas minhas
por isso, acalanto de amor e carinho
entregar a este homem, de senso, tentei.
De nada adiantou falar, implorar fazer preces...
Não quis ouvir, seguiu sozinho me dizendo:
sempre em frente! A vida segue... me vou
Já volto! e eu esperando sua volta
mas nunca de seus voarejos voltava
e na beira da porta de entrada eu fiquei
com duas flores na mão, um gato bravio e manhoso
e um grande buraco, um vazio, no coração.