Penso que não há mais nada a ser dito, enaltecido ou iluminado. Não tenho mais palavras para expressar. O silêncio faz barulho demais. Já são tantos milênios e tantas cartas de amor, tantos e tantos poemas ao vento. Minha voz foi para você de todas as formas. Voou em sussurros, gemidos, murmúrios de amor. Também pelo grito forte de um coração apaixonado. Sei que não sei escrever com a leveza das plumas que revoam nas plantações do tempo. Falo sem métrica, sem palavras bonitas, na simplicidade de uma prosa, um poema, uma carta, mas ela carrega a profundidade, a meiguice, a brandura e o amor do coração de uma mulher, também a força e a coragem, a intensidade desse sentimento que, muitas vezes, sem saber como dizer, falei eu te amo por metáforas, entrelinhas, reticências e... até... sem palavras...